IoT (Internet das Coisas) é uma rede de dispositivos conectados, como sensores, atuadores e dispositivos móveis, que colectam e compartilham dados através da internet e que esses dispositivos são usados para monitorar e controlar sistemas, automatizando tarefas e melhorando a eficiência. A IoT tem muitas aplicações em setores como agricultura, indústria, transporte e saúde, entre muitos outros.
Em Portugal, os principais espectros de frequência utilizados para a IoT incluem:
Sub-1 GHz: Estes espectros de frequência incluem bandas como 868 MHz e 915 MHz, que são usadas para comunicação de longo alcance e baixo consumo de energia. São comumente utilizados em aplicações de monitoramento de sensor e automação industrial.
2,4 GHz: Este espectro de frequência inclui a banda ISM (Industrial, Scientific and Medical) de 2,4 GHz, que é usado por muitos dispositivos sem fio, como Wi-Fi e Bluetooth. É adequado para comunicações de curto alcance e alta velocidade.
5 GHz: Esta banda é usada para comunicações de curto alcance, como Wi-Fi, e é adequada para aplicações com alta taxa de transmissão de dados.
4G LTE: A tecnologia 4G LTE (Long-Term Evolution) é usada para fornecer conectividade de dados de alta velocidade para dispositivos móveis e IoT.
5G: Esta tecnologia é a mais recente disponível, e é projetada para suportar uma variedade de aplicações IoT, incluindo comunicações de baixa latência, alta velocidade e alta capacidade.
Além disso, em Portugal, existe ainda espectro dedicado a IoT, como o espectro de LoRaWAN (Long Range Wide Area Network) que é usado para comunicações de longo alcance e baixo consumo de energia.
Até ao próximo dia 7 de fevereiro, a Autoridade Nacional de Comunicações (ANACOM), no âmbito da ação “Planear e disponibilizar espectro para novas aplicações e serviços”, inserida no seu plano plurianual de atividades, pretende auscultar novamente o mercado sobre o atual interesse na faixa de frequências dos 700 MHz – duplex gap e faixas de guarda – que permanecem disponíveis (694-703 MHz, 733-758 MHz e 788-791 MHz), respetivas condições de acesso e de utilização, bem como o calendário aplicável para essa disponibilização.
O documento disponibilizado para consulta apresenta vários cenários, e os interessados são convidados a compartilhar as suas opiniões sobre as vantagens e desvantagens de cada um. Além disso, é solicitado que os participantes apresentem sugestões adicionais. Também está a ser avaliada a necessidade de reservar espectro para aplicações específicas e quais aplicações devem ser prioridades.
As radiocomunicações M2M/IoT permitem criar uma rede flexível de dispositivos que comunicam entre si usando plataformas de rede numa arquitetura cloud, criando ambientes inteligentes para os utilizadores, e permitindo-lhes controlar dispositivos e aplicações remotamente de uma forma fácil e conveniente.
O mercado de IoT abrange uma variedade de setores, cada um com um volume diferente de aplicações disponíveis. Alguns dos setores incluem: edifícios inteligentes, gerenciamento de energia com controlo remoto, alarmes, medidores, monitoramento e controle na indústria, gestão de tráfego (semáforos, trânsito, estacionamento), rastreamento de pessoas, segurança patrimonial, aplicações médicas (monitoramento de pacientes, ambulâncias), aplicações automotivas, seguros e agricultura.
Isto é importante porque a adoção de uma determinada aplicação poderá impedir a adoção de outras aplicações quando coincidam na utilização do mesmo espectro.
Segundo o documento: “A faixa de frequências dos 700 MHz (duplex gap e faixas de guarda), objeto desta consulta, tem a vantagem de proporcionar uma maior cobertura de zonas rurais remotas e ambientes deep indoor permitindo a massificação destas aplicações, sendo uma das faixas mais harmonizadas a nível global e que permite a atribuição em exclusivo de 2×3 MHz para M2M/IoT.” Outros países da UE já levam a dianteira neste processo.
Na sequência da informação constante do documento cujo link partilhámos atrás e, de modo a auxiliar ao processo de análise e decisão da ANACOM a este respeito, quem quiser e considerar ter algo a dizer sobre o assunto, pode responder às questões sobre os possíveis cenários apresentados como, por exemplo, a importância de prever determinado espectro para que tipo de aplicação(ões) e quando é que se prevê que haja procura de mercado.
O e-mail para envio dos contributos (até 7 de fevereiro): p700duplexgap@anacom.pt.
Saiba mais aqui: https://www.anacom.pt/render.jsp?contentId=1735819
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O WISEFRAMEWORK é uma solução de software com a certificação BACnet B-AWS para integração, controlo, gestão e visualização de última geração nos sistemas de automação para edifícios. Desenvolvido para redefinir a forma como os edifícios são operados através de uma plataforma aberta e uma harmonização perfeita entre dados gerados pelo edifício através do suporte de vários protocolos, incluindo BACnet, Modbus, KNX, OPC-UA e MQTT. Através do recurso da tecnologia Haystack, o software capacita também o edifício para o futuro na vanguarda na integração dos vários sistemas técnicos.