Será Que o Seu Edifício virá a ‘Googlar’? – O Futuro da Autoaprendizagem em Edifícios Inteligentes

Edifícios sencientes

A inteligência artificial está a transformar tudo, desde as nossas casas até aos veículos que conduzimos. Mas e os edifícios? Estamos a entrar numa nova era onde os edifícios já não são apenas espaços funcionais, mas sim entidades adaptativas e inteligentes. Imagine um edifício que não só sabe o que precisa, mas aprende com o seu uso diário. Neste artigo, exploramos a autoaprendizagem em edifícios inteligentes: como funcionará, quais os impactos, e se o seu edifício estará em breve a “googlar” soluções para resolver problemas por si próprio.

de um edifício inteligente a um edifício que aprende

De Um Edifício Inteligente a Um Edifício Que Aprende

A ideia de um edifício que “aprende” pode parecer ficção científica, mas a realidade está a aproximar-se rapidamente. A autoaprendizagem em edifícios vai muito além da automação. Em vez de apenas reagir a comandos ou sensores, um edifício com capacidade de autoaprendizagem utiliza inteligência artificial (IA) e machine learning para analisar padrões de uso, prever necessidades e adaptar-se autonomamente. Segundo a Deloitte, os edifícios inteligentes podem reduzir o consumo de energia em até 35% ao adaptar o uso com base nos hábitos dos ocupantes.

Imagine que o edifício identifica picos de temperatura inesperados no final do dia. Em vez de simplesmente ligar o ar condicionado, aprende que esses picos acontecem apenas nas sextas-feiras e ajusta a climatização preventivamente. Este processo otimizado significa menos desperdício de energia e uma resposta mais eficaz.

O Papel dos Dados: Quanto Mais Melhor?

Para que o edifício possa “aprender”, precisa de dados. Muitos dados. Desde a temperatura de cada sala até ao nível de ocupação e aos picos de consumo de energia. Cada edifício inteligente moderno está equipado com milhares de sensores, que recolhem dados constantemente. É a partir desta avalanche de dados que os sistemas de machine learning começam a aprender, identificar padrões e prever necessidades.

Mas até onde vão os dados? A Harvard Business Review destaca que edifícios com sistemas de autoaprendizagem tendem a captar entre 50 a 100% mais dados do que os sistemas tradicionais, mas a questão da privacidade e segurança é igualmente relevante. Saber onde estão as pessoas em todos os momentos e o que fazem com o espaço pode tornar-se uma faca de dois gumes. Empresas e gestores têm a responsabilidade de garantir que todos os dados recolhidos são utilizados de forma ética e segura. Afinal, ninguém quer sentir que o edifício sabe mais sobre nós do que nós próprios!

benefícios e aplicações da autoaprendizagem

Benefícios e Aplicações da Autoaprendizagem: Menos Intervenções e Mais Eficiência

O grande apelo de um edifício que aprende é a sua capacidade de reduzir drasticamente a necessidade de intervenções humanas. Em vez de técnicos a realizar ajustes manuais constantes, o edifício é capaz de ajustar as configurações automaticamente com base no uso e nos padrões históricos. Segundo a Statista, a integração de IA nos edifícios pode reduzir os custos de manutenção até 30% e melhorar a eficiência operacional.

Por exemplo, um edifício que utiliza machine learning pode ajustar a iluminação de cada sala com base na presença de luz natural, mantendo níveis de conforto ideais e reduzindo o consumo de energia. No entanto, a autoaprendizagem vai ainda mais longe: ao identificar falhas repetitivas num equipamento específico, o edifício é capaz de notificar proativamente a equipa de manutenção antes que o problema se torne crítico. É como se o próprio edifício assumisse o papel de gestor, mantendo as operações dentro dos níveis ideais.

Sustentabilidade e Pegada de Carbono: A Inteligência ao Serviço do Ambiente

A autoaprendizagem não é apenas um luxo tecnológico, mas uma resposta real à necessidade crescente de edifícios mais sustentáveis. Com a União Europeia a definir metas ambiciosas para reduzir a pegada de carbono, cada edifício precisa de fazer a sua parte. Edifícios que aprendem são mais eficientes na gestão de recursos e evitam desperdícios, impactando diretamente as emissões de carbono.

De acordo com a International Energy Agency, edifícios inteligentes com sistemas de autoaprendizagem podem reduzir as emissões de CO₂ em até 40% ao longo da sua vida útil. Através de ajustes automáticos e previsões baseadas no uso, a iluminação, climatização e outros sistemas consomem apenas a energia necessária, evitando excessos e garantindo que o edifício cumpre as metas de eficiência ambiental.

a inteligência ao serviço do ambiente
será que o seu edifício poderá ‘googlar’ soluções no futuro

Será que o Seu Edifício Poderá ‘Googlar’ Soluções no Futuro?

A questão levanta um ponto importante: até onde poderá a autoaprendizagem levar os edifícios? Já existem algoritmos capazes de se conectar a fontes externas de dados para obter informações adicionais. Em teoria, nada impede que, no futuro, os edifícios se conectem a redes de dados maiores, consultando “informações” que ainda não possuem para resolver problemas internamente.

Imagine um edifício que, ao detetar um problema com o sistema HVAC, pesquisa automaticamente soluções específicas para o modelo de equipamento e até contacta técnicos certificados, agendando a manutenção. Embora ainda seja um conceito inovador, a ideia de edifícios que “aprendem” sozinhos e procuram dados externos é uma área promissora.

Segundo o MIT Technology Review, os edifícios com sistemas de autoaprendizagem poderão, nos próximos cinco anos, aceder a informações em redes de IA partilhadas, permitindo que “aprendam” uns com os outros. Este intercâmbio de informações transformaria os edifícios num ecossistema autónomo e resiliente, onde o conhecimento coletivo é aplicado para resolver problemas individuais.

A autoaprendizagem nos edifícios inteligentes não é apenas o futuro; é uma revolução em curso. Esta transformação representa uma oportunidade única para melhorar a eficiência, reduzir custos e promover a sustentabilidade, transformando a forma como interagimos com o espaço físico. No entanto, com as capacidades de autoaprendizagem e integração de dados externas, estamos a entrar numa era onde os edifícios começam a tomar decisões, antecipando as nossas necessidades e, quem sabe, um dia até “googlando” soluções.

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O WISEFRAMEWORK é uma solução de software com a certificação BACnet B-AWS para integração, controlo, gestão e visualização de última geração nos sistemas de automação para edifícios. Desenvolvido para redefinir a forma como os edifícios são operados através de uma plataforma aberta e uma harmonização perfeita entre dados gerados pelo edifício através do suporte de vários protocolos, incluindo BACnet, Modbus, KNX, OPC-UA e MQTT. Através do recurso da tecnologia Haystack, o software capacita também o edifício para o futuro na vanguarda na integração dos vários sistemas técnicos.

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