Hoje vamos falar sobre três certificações que são referências em sustentabilidade e bem-estar para edifícios: BREEAM, LEED e WELL. Sabe o que elas significam e quais são as suas vantagens?
Se está interessado em construir ou reformar um edifício de forma sustentável, provavelmente já ouviu falar de certificações como BREEAM, LEED e WELL. Mas o que elas significam e quais são as suas diferenças e benefícios? Neste artigo, vamos explicar o que são essas certificações, como elas funcionam e como elas podem ajudar a criar um ambiente mais saudável, eficiente e responsável.
BREEAM, LEED e WELL são sistemas de avaliação e certificação de sustentabilidade para edifícios, que medem o seu desempenho em diferentes aspectos ambientais, sociais e econômicos. Cada sistema tem a sua própria metodologia, critérios e níveis de exigência, mas todos eles compartilham o objetivo de promover a construção sustentável e reconhecer as boas práticas do setor.
BREEAM (Building Research Establishment Environmental Assessment Method) é um método de avaliação ambiental criado no Reino Unido em 1990, que mede o desempenho dos edifícios em diversas categorias, como gestão, saúde, energia, água, materiais, resíduos, transporte, uso do solo, ecologia e poluição. O objetivo é reduzir o impacto ambiental dos edifícios e melhorar a qualidade de vida dos ocupantes. Os edifícios que atendem aos critérios do BREEAM recebem uma classificação que vai de Pass a Outstanding, de acordo com a pontuação obtida.
LEED (Leadership in Energy and Environmental Design) é um sistema de certificação criado nos Estados Unidos em 1998, que reconhece as melhores práticas em design, construção e operação de edifícios sustentáveis. O LEED avalia os edifícios em seis categorias: localização e transporte, espaço sustentável, eficiência da água, energia e atmosfera, materiais e recursos e qualidade ambiental interna. Além disso, há créditos de inovação e prioridade regional. Os edifícios que atendem aos requisitos do LEED recebem uma classificação que vai de Certified a Platinum, de acordo com a pontuação obtida.
WELL (WELL Building Standard) é um sistema de certificação criado nos Estados Unidos em 2014, que foca na saúde e no bem-estar dos ocupantes dos edifícios. O WELL avalia os edifícios em sete conceitos: ar, água, nutrição, luz, exercício, conforto e mente. O objetivo é criar ambientes que promovam a qualidade de vida, a produtividade e a felicidade dos usuários. Os edifícios que atendem aos critérios do WELL recebem uma classificação que vai de Silver a Platinum, de acordo com a pontuação obtida.
As três certificações têm em comum o fato de serem reconhecidas internacionalmente e de contribuírem para o desenvolvimento sustentável dos edifícios. Além disso, elas trazem benefícios para os proprietários, investidores, gestores, projetistas e usuários dos edifícios, como:
- Melhorar a funcionalidade, flexibilidade e durabilidade dos edifícios;
- Otimizar o desempenho dos edifícios;
- Reduzir o impacto ambiental;
- Potenciar redução de consumos de energia, água e resíduos;
- Reduzir custos de funcionamento e manutenção;
- Aumentar a satisfação dos usuários do edifício;
- Aumentar o valor dos imóveis;
- Diminuir o absentismo laboral quando os edifícios são locais de trabalho.
As três certificações também podem ser combinadas entre si para otimizar o rendimento dos edifícios em benefício do meio ambiente e da saúde dos ocupantes. Por exemplo, um edifício pode ser certificado pelo BREEAM ou pelo LEED em relação à sua sustentabilidade e pelo WELL em relação ao seu bem-estar.
Obter uma certificação BREEAM, LEED ou WELL pode trazer muitas vantagens para os proprietários, gestores, projetistas e usuários dos edifícios certificados. Algumas dessas vantagens são:
- Melhorar a funcionalidade, flexibilidade e durabilidade dos edifícios;
- Otimizar o desempenho energético, hídrico e ambiental dos edifícios;
- Reduzir o impacto ambiental dos edifícios na emissão de gases de efeito estufa, na geração de resíduos e na poluição do ar;
- Potenciar a redução de custos operacionais e de manutenção dos edifícios;
- Aumentar a satisfação, produtividade e saúde dos ocupantes dos edifícios;
- Aumentar o valor de mercado dos imóveis;
- Diferenciar-se da concorrência e demonstrar compromisso com a sustentabilidade.
Cada um desses sistemas tem a sua própria metodologia, critérios e níveis de certificação. No entanto, todos eles seguem um processo semelhante que envolve as seguintes etapas:
- Avaliação preliminar: antes de iniciar o processo de certificação, é recomendável fazer uma análise prévia do edifício para verificar as suas condições atuais e as possibilidades de melhoria em relação aos requisitos do sistema escolhido. Essa avaliação pode ser feita por um consultor especializado ou pelo próprio sistema através de uma ferramenta online.
- Registro do projeto: após decidir pela certificação, é necessário fazer o registro do projeto na plataforma online do sistema escolhido, pagando uma taxa correspondente. Esse registro garante o acesso aos documentos técnicos e às orientações necessárias para o processo de certificação.
- Coleta de evidências: nessa etapa, é preciso reunir as provas que demonstrem que o edifício cumpre com os critérios exigidos pelo sistema. Essas evidências podem ser documentos, fotos, relatórios, testes ou medições que comprovem as características sustentáveis do edifício.
- Submissão e revisão: depois de coletar as evidências, é preciso enviá-las para a entidade certificadora do sistema escolhido, que irá verificar se elas são válidas e suficientes para atingir a pontuação necessária para a certificação. Essa revisão pode ser feita por um auditor externo ou pelo próprio sistema através de uma ferramenta online.
- Obtenção do certificado: se o edifício passar pela revisão com sucesso, receberá um certificado que atesta o seu nível de sustentabilidade de acordo com o sistema escolhido. Esse certificado tem uma validade determinada pelo sistema e pode ser renovado mediante novas evidências.
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