Smart Cities e a Adoção de City Information Modeling (CIM)

Gelo quebrado em Helsínquia!

Num piscar de olhos, Helsínquia desvia-se de um blackout, graças ao maestro invisível: o City Information Modeling (CIM), orquestrando uma dança urbana preciosa. Esta tecnologia, ao integrar dados de múltiplos serviços – iluminação inteligente, sistemas de gestão de resíduos, e eficiência hídrica – transforma desafios cotidianos em oportunidades de inovação. No coração deste avanço está o Digital Twin, o epicentro onde a teoria se converte em prática, evidenciando um futuro onde a cidade não apenas funciona; ela aprende, adapta-se e prospera.

Tal como em Helsínquia, uma manhã qualquer de uma cidade que adotou o CIM, os semáforos ajustam-se em tempo real para otimizar o fluxo de tráfego, reduzindo o tempo de espera e as emissões. Prédios inteligentes conversam entre si, ajustando o consumo de energia com base nas previsões meteorológicas e na ocupação atual. Este cenário, outrora parte de uma narrativa de ficção científica, é agora o quotidiano de um punhado de cidades ao redor do mundo, graças ao CIM.

Smart Cities e a Adoção de City Information Modeling (CIM)

A Engrenagem do CIM nas Smart Cities

O CIM atua como o sistema nervoso das smart cities, permitindo uma gestão urbana integrada e inteligente que pode incluir tecnologias já consolidadas como BIM e GIS. Através da modelação detalhada da informação da cidade, este sistema permite uma visualização completa do ambiente urbano, abrindo caminho para uma gestão mais eficaz de recursos, serviços e infraestruturas, sendo uma abordagem tecnológica que cria modelos digitais detalhados de cidades, combinando dados arquitectónicos, geográficos, e de infraestruturas. Estes modelos não só representam visualmente a cidade, mas também incorporam informações cruciais sobre o funcionamento e gestão urbanos, desde o fluxo de tráfego até aos sistemas de energia e água. Na prática, o CIM materializa-se através de software (por exemplo o City CAD) e plataformas que permitem a gestores urbanos, engenheiros e decisores políticos visualizar, analisar e otimizar a operação da cidade em tempo real.

Por exemplo, em Helsínquia, Finlândia, o uso de CIM em projetos de construção urbana tem permitido uma coordenação mais eficiente entre diferentes agentes, minimizando as interrupções causadas por obras e melhorando a segurança dos cidadãos.

O poder do CIM vem da sua capacidade de integrar várias fontes de dados, incluindo IoT, sensores urbanos, e sistemas de informação geográfica (GIS), proporcionando uma análise e gestão holística da cidade. A cidade de Singapura, por exemplo, utiliza o CIM para otimizar tudo, desde o planeamento de rotas de transporte público até a gestão de recursos hídricos, resultando numa redução significativa dos tempos de deslocação e num uso mais eficiente da água.

Impacto do CIM na Vida Urbana

O impacto do CIM estende-se além da mera eficiência operacional, influenciando positivamente a qualidade de vida dos cidadãos. Em Barcelona, a integração do CIM com tecnologias de smart lighting (iluminação inteligente) em áreas públicas não só reduziu o consumo de energia em 30%, mas também aumentou a segurança nas ruas durante a noite. Além disso, a análise de dados CIM ajuda na identificação de áreas urbanas que necessitam de mais espaços verdes, contribuindo para o bem-estar dos residentes.

Desafios e Oportunidades Futuras
Adotar o CIM implica desafios significativos, incluindo a garantia de privacidade de dados e a necessidade de infraestruturas de TI robustas. No entanto, as oportunidades para transformar as cidades em ambientes mais sustentáveis, eficientes e habitáveis são imensas. A transparência na gestão de dados e a colaboração entre o setor público, empresas tecnológicas e cidadãos são fundamentais para superar esses desafios.

Um Convite à Ação

A adoção do CIM pelas smart cities representa uma mudança fundamental na forma como concebemos e interagimos com o ambiente urbano. À medida que mais cidades adotam esta abordagem, torna-se evidente que a era das cidades inteligentes não é apenas uma possibilidade; é uma realidade em construção. Este artigo serve como um convite a engenheiros, técnicos de BMS, proprietários de edifícios, gestores e, de facto, a todos nós, para participar ativamente na moldagem deste futuro.

Como Ser Parte da Mudança?

  • Envolvimento Cívico: Participar em consultas públicas e fóruns de discussão sobre projetos de urbanização e tecnologia. As cidades frequentemente procuram o feedback dos cidadãos para moldar os serviços públicos e infraestruturas.

  • Educação e Formação: Aproveitar oportunidades de aprendizagem sobre CIM e tecnologias relacionadas. Universidades e instituições de formação oferecem cursos que podem capacitar indivíduos a contribuir para o desenvolvimento urbano.

  • Iniciativas de Sustentabilidade: Envolver-se em projetos locais de sustentabilidade que utilizam tecnologia CIM para melhorar a eficiência energética e a gestão de recursos. Isto pode variar desde a instalação de sistemas de energia renovável em comunidades a participar em programas de reciclagem inteligente.

  • Tecnologia e Inovação: Para os profissionais do setor, explorar e implementar soluções inovadoras baseadas em CIM em projetos de construção e gestão de edifícios pode ser um passo para a transformação urbana.

Referências úteis

  1. City Information Modeling: State of the Art – Este trabalho de Zhen Xu e colegas, explora o desenvolvimento do CIM, combinando BIM e GIS para criar modelos urbanos detalhados.
  2. City Information Models (CIMs) as precursors for Urban Digital Twins (UDTs): A case study of LancasterAnalisa o CIM de Lancaster como base para Gémeos Digitais Urbanos, focando em formação técnica, aquisição de dados e envolvimento dos stakeholders no planeamento urbano.

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